Cronologia de Camillo Vedani (18? – 1888)

Cronologia de Camillo Vedani (18? – 1888)

 

Década de 1850 – O fotógrafo italiano Camillo Vedani se estabeleceu no Rio de Janeiro.

1860 / 1865 – Durante esse período viveu em Salvador, capital da Bahia. Produziu belas vistas da cidade, além de ter trabalhado na Bahia and São Francisco Railway. Provavelmente esteve também em Alagoas e em Sergipe.

1869 – Na Bahia, realizou um trabalho de engenharia: o estabelecimento de uma linha telegráfica que faria a comunicação entre o Palácio da Presidência, o Comando das Armas e a Secretaria de Polícia. Pelo serviço, ganhou  575 réis (Relatório dos Trabalhos do Conselho interino do Governo, 1869).

Década de 1870 – Durante algum tempo, nos últimos anos dessa década, residiu em Campos (RJ), onde trabalhou como engenheiro desenhista na construção da ferrovia do Carangola, cuja pedra fundamental foi lançada em 14 de junho de 1875.

1875 – Em 11 de agosto, Camillo Vedani foi naturalizado brasileiro. Foi identificado como italiano, católico, casado e engenheiro (Diário do Rio de Janeiro, 13 de agosto de 1875, na segunda coluna e Ministério do Império, 1876).

1876 - Notícia de que a esposa de Camillo, dona Antonieta Novelli Vedani, havia embarcado no Rio de Janeiro, em um vapor, com destino a Imbitiba, cidade perto de Campos (O Globo, 22 de maio de 1876, na quarta coluna).

1878 – Vedani participou de uma reunião na casa do sr. Francisco Portella, propagador do Café Liberia (O Monitor Campista, 29 de maio de 1878, na terceira coluna sob o título “Café da Libéria”).

Esclareceu não ser o autor de um pasquim insultando o sr. Biolchini, com quem era brigado (O Monitor Campista, 15 de dezembro de 1878, na terceira coluna sob o título “A pedido”).

A partir de 25 de dezembro, Vedani expôs um presépio de sua autoria, na rua Direita, nº 99, na cidade de Campos. Foi elogiado por sua inteligência e apresentado como engenheiro desenhista da estrada de ferro do Carangola. A renda dos ingressos para apreciar o presépio foi revertido para uma obra beneficente (O Monitor Campista, 28 de dezembro de 1878, na primeira coluna).

1879 - Camillo Vedani, como um dos engenheiros da estrada de ferro do Carangola, assinou uma manifestação em homenagem ao Sr. Julio Barbosa, diretor da construção da ferrovia, que havia sido exonerado da função (O Monitor Campista, 24 de outubro de 1879, na última coluna sob o título “A pedido”).

1880 – Ele e o fotógrafo Marc Ferrez (1843 – 1923) foram contratados foram contratados para documentar os trabalhos realizados na Estrada de Ferro Central do Brasil.

1882 –  Notícia da formação de uma comissão para estudos do traçado da ferrovia Madeira e Mamoré. Vedani era o desenhista do grupo, que partiria no dia 10 de janeiro de 1883 para efetuar o trabalho, sob a direção do engenheiro-chefe Carlos Morsing ( Revista de Engenharia, 1882).

1883 – Camillo Vedani foi cumprimentar, com os outros membros da comissão para estudos da ferrovia Madeira e Mamoré, suas majestades imperiais, na primeira semana de janeiro ( Gazeta de Notícias, 20 de janeiro de 1883, na quinta coluna).

Notícia com o histórico da construção da ferrovia Madeira e Mamoré (Jornal do Commercio, 9 de janeiro de 1883, na quarta coluna, sob o título “Gazetilha”).

Vedani e sua esposa embarcaram para o Pará no vapor Espírito Santo. Os demais membros da comissão para estudos da ferrovia Madeira e Mamoré também viajaram para o norte (Gazeta de Notícias, 10 de janeiro de 1883, na sexta coluna sob o título “Passageiros” e Jornal do Commercio, 9 de janeiro de 1883, na quarta e quinta colunas, sob a seção “Gazetilha” ).

1884 – Em Manaus, faleceu, em fevereiro, Antonieta Novelli  Vedani, esposa de Camillo, identificado como o desenhista da comissão de estudo do Madeira e Mamoré. Ela teve um ataque cerebral (Diário de Notícias, 16 de fevereiro de 1884, terceira coluna e Gazeta de Notícias, 4 de março de 1884, na segunda coluna).

Notícias de 10 de abril de 1884 sobre a comissão para estudos da ferrovia Madeira e Mamoré: dos 17 que embarcaram no Rio de Janeiro, só dois continuavam no Amazonas: Vedani e o chefe da comissão, o engenheiro Carlos Morsing. Os outros tiveram problemas de saúde (Brazil, 9 de maio de 1884, na terceira coluna).

De volta ao Rio de Janeiro, Vedani mostrou fotografias do Amazonas de sua autoria. Algumas eram de Manaus e da Cachoeira do Xingu (Folha Nova, 30 de abril de 1884, na quinta coluna).

Em reunião do Club de Engenharia, Vedani ofereceu 11 fotografias de sua autoria (Jornal do Commercio, 6 de dezembro de 1884, na terceira coluna, sob o título “Club de Engenharia”)

1888 -  Falecimento de Vedani (Gazeta de Notícias, 13 de maio de 1888, na última coluna). A notícia é que um amigo havia mandado celebrar uma missa pela alma do fotógrafo.

 

Andrea C. T. Wanderley

Editora e pesquisadora do portal Brasiliana Fotográfica

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