Rio de Janeiro, Capital Mundial da Arquitetura

 

 

A Unesco anunciou, em 18 de janeiro de 2019, o Rio de Janeiro como a primeira cidade a se tornar capital mundial da arquitetura, título que teria até a realização do Congresso Mundial de Arquitetura, que ocorreria na cidade entre 19 e 23 de julho de 2020, evento adiado, segundo a União Internacional dos Arquitetos, para acontecer entre 18 e 22 de julho de 2021, devido à pandemia do coronavírus. A escolha do Rio de Janeiro deveu-se, naturalmente, à sua arquitetura, a suas belezas naturais, à herança cultural e à sua importância histórica. A Brasiliana Fotográfica já publicou vários artigos sobre monumentos, prédios e aspectos da natureza carioca como os Arcos da Lapa, a Avenida Central, o Castelo da Fiocruz, Copacabana, o Corcovado, o Cristo Redentor, o Hotel Glória, a Igreja da Glória, Ipanema e outros bairros, o Jardim Botânico, o Paço, o Palácio Real de São Cristóvão, o Pão de Açúcar, a Praça XV, o Real Gabinete Português de Leitura e o Theatro Municipal. Em tempos de isolamento social, convidamos nossos leitores a revisitarem essas publicações, fazendo um passeio virtual pelas belezas do Rio de Janeiro. Não se esqueçam de usar o zoom! Bom domingo!

 

 

 

100 anos do Castelo da Fiocruz: a ocupação da Fazenda de Manguinhos

A criação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

A fundação de Copacabana

A fundação do Rio de Janeiro

A Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro por Cássio Loredano

A inauguração do Theatro Municipal do Rio de Janeiro

A Praça XV na coleção Pereira Passos

Avenida Central, atual Rio Branco

Bairros do Rio

Becos cariocas

Carlos Bippus e as paisagens cariocas

Inauguração do Cristo Redentor, 12/10/1931

Ipanema pelas lentes de José Baptista Barreira Vianna (1860 – 1925)

Manguinhos e a cidade do Rio de Janeiro

O Hotel Glória: antes e depois

O Paço, a praça e o morro

O Palácio Real de São Cristóvão

O Passeio Público do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro de Marc Ferrez

Os Arcos da Lapa e os bondes de Santa Teresa

Real Gabinete Português de Leitura

Uma homenagem aos 452 anos do Rio de Janeiro: o Corcovado e o Pão de Açúcar

 

Andrea C. T. Wanderley

Editora e pesquisadora do portal Brasiliana Fotográfica

Becos cariocas

A Brasiliana Fotográfica traz algumas imagens do Rio de Janeiro de antigamente. São fotografias de becos cariocas produzidas pelo fotógrafo Augusto Malta (1864 – 1957) e por seu filho Aristógiton Malta (1904-1954), que pertencem ao acervo do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, um dos parceiros do portal. São registros dos becos da Batalha, dos Ferreiros, da Fidalga, da Música, do Paço e do Rosário, todos no Centro. Alguns deles foram citados pelo historiador e memorialista Luiz Edmundo (1878 – 1961) no livro O Rio de Janeiro do meu tempo (1938), na descrição do aspecto das ruas cariocas do período colonial e do ínicio do século XX: As ruelas que se multiplicam para os lados da Misericórdia – Cotovelo, Fidalga, Ferreiros, Música, Moura e Batalha – são estreitas, com pouco mais de metro e meio de largura. São sulcos tenebrosos que cheiram a mofo, a pau-de-galinheiro, a sardinha frita e suor humano.

Acessando o link para as fotografias de becos cariocas disponíveis na Brasiliana Fotográfica, o leitor poderá magnificar as imagens e verificar todos os dados referentes a elas.

 

Um pouco da história desses becos

 

Beco da Batalha, dos Ferreiros e da Fidalga: ficavam no bairro da Misericórdia e não existem mais. A origem do nome do Beco da Batalha foi a existência de um oratório dedicado à devoção de Nossa Senhora da Batalha no próprio beco ou no largo do mesmo nome. No Beco dos Ferreiros moravam muitos chineses e em suas casas se fumava ópio. No Beco da Fidalga morava dona Maria Antônia de Alencastro, parente do militar português Gomes Freire (1757 -1817).

Beco da Música: também no antigo bairro da Misericórdia, liga a avenida Antônio Carlos à rua Dom Manuel.  Seu nome era Beco do Administrador, mas foi rebatizado como Beco da Música, quando músicos do Regimento do Moura, aquartelados nas vizinhanças, passaram a ensaiar no local onde havia sido a sede da administração do monopólio do sal. Segundo o historiador Felisberto Freire (1858 – 1916), nele estiveram os portões do Rio de Janeiro, no século XVI, quando a cidade “malnascida no Castelo, dispunha embaixo, na várzea, de uma muralha para melhor protegê-la”.

Beco do Paço: ficava perto da rua Dom Manuel e foi destruído para a abertura da rua Erasmo Braga.

Beco do Rosário: fica perto da rua Reitor Azevedo Amaral. Foi em uma lanchonete situada no beco que, em 1967, num sábado de Aleluia, começou um incêndio que destruiu grande parte da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.

 

 

Fontes:

EDMUNDO, Luiz. O Rio de Janeiro do meu tempo. Rio de Janeiro:Editora: Imprensa Nacional, 1938.

COSTALLAT, Benjamim. Mistérios do Rio. Rio de Janeiro:Biblioteca Carioca, Secretaria Municipal de Cultura, 1995.

GERSON, Brasil. História das Ruas do Rio. Rio de Janeiro:Bem-Te-Vi, 2013.

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